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Gualberto denuncia série de demissões na Energisa

Integrantes do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe (Sinergia) ocuparam nesta quinta-feira, 23, as galerias do plenário da Assembleia Legislativa para protestar contra a série de demissões que vem ocorrendo na Energisa, empresa privada responsável pelo fornecimento de energia elétrica em quase todo o estado de Sergipe. Na ocasião, o deputado Francisco Gualberto (PT) fez um duro pronunciamento repudiando a atitude da empresa e afirmando que ela desrespeita o Estado e contribui para o agravamento da crise econômica e social em Sergipe.

Trabalhadores acompanharam pronunciamento. Foto: Ascom

Trabalhadores acompanharam pronunciamento. Foto: Ascom

“Não dá para entender o comportamento da Energisa aqui. Em momentos de crise têm empresas que ganham muito mais, e é o caso dela. Portanto, não tem motivo para contribuir com a crise no Estado. Praticamente não tem concorrente (em Sergipe apenas o município de Estância recebe energia elétrica da Sulgipe) e faz demissões de trabalhadores por uma regra perversa do capitalismo.

De acordo com dados dos sindicalistas, nos últimos 60 dias a empresa demitiu 35 trabalhadores, e muitos outros estão na iminência de serem dispensados. “Pode parecer um número pequeno, mas para uma empresa que deveria estar contratando, isso é muito. É uma ação que vai de encontro aos interesses sociais e econômicos do Estado”, disse o deputado Gualberto, líder da bancada de governo na Alese. Hoje, a empresa tem 940 funcionários em seu quadro, sendo que 64 estão afastados das atividades por doença ou acidente de trabalho.

Em seu pronunciamento o deputado mostrou que a Energisa não concentra quase nenhuma atividade meio em Sergipe, o que gera fuga de recursos. A oficina de manutenção dos equipamentos fica em Minas Gerais, assim como todo o setor de informática. O call Center fica no Ceará e o departamento contábil e de faturamento fica na Paraíba. “Sergipe serve apenas para receber o lucro e demitir funcionário. Isso é desprestigiar o Estado. É também uma outra forma de desempregar os sergipanos, pois sequer existe um dirigente da empresa que seja daqui”, reclamou Gualberto.

O deputado garante que a Energisa presta um desserviço ao Estado com sua política, mesmo os governos sendo sempre solícitos com as demandas da empresa. Gualberto lembra que recentemente a Energisa cometeu um ato anti-social ao cortar o fornecimento de energia elétrica para os perímetros irrigados na região de Itabaiana. Alegou que a conta estava atrasada, mesmo sabendo que o Estado passa por dificuldades financeiras. “Não defendemos o não pagamento das contas, mas tratava-se de um perímetro irrigado do qual milhares de pessoas dependem para a sua sobrevivência. Faltou bom senso. Por isso o vice-governador Belivaldo Chagas foi obrigado a humildemente procurar a Energisa para pedir pelos agricultores. Isso não deveria acontecer”, relata Francisco Gualberto.

Ao promover as demissões injustificadas, segundo o deputado, a Energisa colabora para o agravamento da crise em Sergipe, principalmente quando se trata da perda de poder de compra dos trabalhadores. “Por onde a gente olha vê o desrespeito da Energisa com o povo, com o trabalhador e com o Estado. Sergipe não ode ficar refém de uma empresa como essa, que mostra claramente o mal que a privatização faz a uma sociedade”, advertiu Gualberto.

A Energipe, estatal que administrava o setor de energia elétrica no Estado, foi privatizada pelo governo de Albano Franco, na década de 1990, e se transformou em Energisa, do grupo Cataguazes.

Por Assessoria Parlamentar

 

 

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