O advogado Clodoaldo Andrade Júnior, da Comissão de Direitos Sociais e do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), informou na manhã desta sexta-feira, 10, durante entrevista no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe para a TV Alese, que a Reforma Trabalhista e Terceirização, é um “retrocesso”.
“Nitidamente é um retrocesso social. Nós da Comissão do Direito do Trabalho estamos estudando essa questão desde o ano passado. Foram 55 projetos de lei, que fizemos um estudo ano passado e priorizamos na questão da terceirização irrestrita, que está se querendo implementar e também a questão da Reforma Trabalhista, que é algo que preocupa bastante”, ressalta destacando que a população está meio que anestesiada.
“As matéria e os depoimentos que a gente tem assistido tem passado a ideia equivocada de que a Reforma Trabalhista seria algo muito bom pra ser feita no nosso país, enquanto sabemos que o mais necessário seria uma Reforma Fiscal mais simplificada, uma Reforma Política e uma Reforma Administrativa. Isso sim faria com que o nosso país voltasse a crescer. Mas vai no poder econômico com muita força, então é mais fácil de passar, algo que vai atingir a parte mais fraca que são os empregados, os trabalhadores, que estão na outra ponta da corda”, entende.
Na última quinta-feira, 9, as Comissões para a aprovação dos projetos de lei que tratam da Reforma da Previdência e da Reforma Trabalhista começaram a ser instaladas no Congresso.
“O que nós estamos vendo é que será tocado à toque de sino porque vai ser mais um caso de tentativa de tempo recorde aprovação já que existe todo um consenso estabelecido. Aqui no Estado de Sergipe vamos fazer a nossa parte, a Comissão foi unanimemente contra, já apresentamos o estudo ao presidente da OAB, Henriclay Andrade e daqui para frente um comitê será criado para que as ações possam sensibilizar os parlamentares que vão decidir lá por nós. Essa Reforma Trabalhista e a terceirização irrestrita são preocupantes e é necessário que a sociedade tome ciência do que está por vir, poi podem trazer prejuízos enormes de saúde se estes projetos forem aprovados como estão”, enfatiza lembrando que na terceirização irrestrita, os vínculos acabam se tornando frágeis, devido à grande rotatividade. Sem contar com o enfraquecimento das instituições sindicais porque os empregados ficam pulverizados e não ficam vinculados a sindicato nenhum.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Jadilson Simões