A deputada estadual Maria Mendonça (PP) apelou hoje (10) ao secretário da Fazenda, Jeferson Passos que envide esforços no sentido de pagar às empresas responsáveis pelo transporte dos estudantes da rede pública, que residem na zona rural, de modo a evitar mais prejuízos nesse final de ano letivo. O apelo foi feito durante a audiência pública, ocorrida na Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Legislativa, onde o secretário apresentou os números financeiros do Estado, referentes ao último quadrimestre.
Maria sugeriu que fosse usada parte dos recursos da repatriação para quitar os débitos com as duas empresas que fazem o transporte dos alunos. Durante a sua fala, a deputada relatou que a empresa Itapé está há cinco meses sem receber os repasses; a Vitória está há três. “Com isso, os motoristas ficam sem receber os seus salários, inviabilizando a própria sustentação familiar. Os alunos também ficam numa situação complicada, pois muitos estão com o ano letivo comprometido, uma vez que não estão podendo ir às escolas para acompanhar o conteúdo. Muitos desses alunos foram submetidos ao Enem, agora”, afirmou, lembrando que esse é um cenário que se arrasta há meses e que já foi alvo de vários pronunciamentos seus na tribuna da Alese.
A deputada citou casos de pais que têm mais de um filho na escola e que estão desesperados por não ter como pagar nenhum tipo de transporte para que eles possam frequentar a escola. “Muitos pagavam mototáxi, mas agora a situação tem ficado cada dia mais insustentável e esses pais de família já não têm mais como pagar essa conta”, ressaltou Maria, ao ratificar a sua sugestão para que o Governo use os recursos da repatriação (algo em torno de R$ 197 milhões) para efetuar o pagamento das empresas que por sua vez garantem o pagamento dos salários dos motoristas e os alunos possam retornar às salas de aula.
Valor pequeno – Maria ressaltou que, mensalmente, as empresas recebem cerca de R$ 3.000,00. O valor, de acordo com a parlamentar, é igual ao que era pago na sua gestão como prefeita de Itabaiana, em 2006. “Desse montante, R$ 800,00 são para combustível; R$ 1.200,00 são reservados para o salário do motorista, sobrando apenas R$ 1.000,00 para manutenção nos veículos e sustento das suas famílias”, disse, observando não entender como o valor do gasto com o transporte triplicou (subindo de R$ 206 mil para R$ 600 mil), para transportar os mesmos alunos e hoje já não consegue dar continuidade à prestação de serviço de forma regular.
Por Assessoria Parlamentar
Foto: Divulgação Ascom