O revolucionário da educação no país, patrono da educação brasileira e sergipana, o pernambucano Paulo Freire terá cidadania sergipana póstuma concedida pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na tarde desta segunda-feira, (05), às 17h, em seu plenário.
O Título de Cidadão Sergipano foi uma propositura do ex-governador falecido Marcelo Déda, no período em que era deputado estadual, ainda ao final dos anos 80, e foi retomada pela deputada estadual Ana Lúcia (PT). A honraria será entregue à viúva de Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire.
Patrono da educação sergipana
Pela sua contribuição, Paulo Freire, além de ser Patrono da Educação Brasileira, passou a ser Patrono da Educação Sergipana, por meio da Lei 7.382/2012, de autoria da deputada Ana Lúcia. Sancionada em janeiro de 2012, a lei prevê que todo mês de setembro, na semana na qual o dia 19 estiver inserido, poderão ser desenvolvidas atividades pedagógicas, seminários exposições sobre as obras e a história do educador, por se tratar do dia do seu nascimento.
Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, na época, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Graduado pela Faculdade de Direito de Recife (Pernambuco). Foi professor de Língua Portuguesa do Colégio Oswaldo Cruz e diretor do setor de Educação e Cultura do SESI de 1947-1954 e superintendente do órgão de 1954-1957. Ao lado de outros educadores e pessoas interessadas na educação escolarizada, fundou o Instituto Capibaribe.
Paulo Freire foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais e é conhecido principalmente pelas suas pesquisas, estudos e práticas pedagógicas, sobretudo no campo da alfabetização de adultos.
Sua obra e sua história de vida contribuem para que homens e mulheres entendam que nossa ação na sociedade não é neutra, portanto em todos os espaços sociais, nós interferimos na realidade a partir de uma concepção de mundo, que é política e ideológica. Paulo Freire ensinou que a educação é instrumento de libertação. Ele ensinou que estudar não é um ato de apreender ideias, mas de criá-las e recriá-las para transformar a realidade social.
Paulo Freire faleceu em 02 de maio de 1997, em São Paulo.
Por Tíffany Tavares – Agência Alese de Notícias