Comemorado nesta sexta-feira (8), o Dia Mundial do Urbanismo, tem por finalidade propor um debate sobre soluções sustentáveis contribuindo para a melhoria da mobilidade urbana, enfatizando temas como mobilidade urbana, locais para habitação, soluções de lazer e planejamento de áreas verdes. Ao falar sobre a data, a arquiteta e urbanista da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Isabela Martins, lamentou a falta de revisão do Plano Diretor de Aracaju.
“O nosso Plano Diretor não é atualizado desde 2000, apesar de ter que ser revisto à cada dez anos e aí é quando entra uma equipe multidisciplinar. Começam novos estudos, mas está faltando continuidade para que a gente consiga revisar. Houve até um estudo, um Projeto de Lei de 2010, que não foi pra frente. Não foi aprovado. Então a gente está há 24 anos com o mesmo Plano Diretor que não foi revisado ainda”, lamenta.
Sobre a data, ela explicou que o urbanismo está mais voltado para os espaços públicos, cujos profissionais atuam em conjunto com geógrafos, economistas, entre outros profissionais que trabalham com políticas públicas. “Tudo que faz parte da cidade como um todo, entra na parte de um projeto urbanístico, estudando a relação do cidadão com o espaço público, como mobilidade urbana, sustentatibilidade, áreas livre, parques, espaços de lazer, de preservação ambiental e acessibilidade. Nesse meio dos espaços urbanos, a arquitetura também se insere como a paisagem urbana”, informa.
Isabela Martins acrescentou que na arquitetura, o profissional consegue trabalhar sozinho, de forma particular, mas no urbanismo envolve a sociedade. “Realmente vem junto com políticas públicas. Por exemplo, aqui temos a Zona de Expansão de Aracaju e é quando o urbanista entra pra ver como vai lidar com o traçado de uma nova área da cidade, como vai lidar com a mobilidade, onde pode construir, onde não pode, locais que devem ser preservados, a exemplo de dunas, lagoas, manguezais. Tudo isso precisa ser pensado junto”, observa.
Foto: Jadilson Simões/Alese