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Músicos e compositores comemoram a resistência da Música Popular Brasileira

“Vou te contar, os olhos já não podem ver. Coisas que só o coração pode entender. Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”. A música Wave gravada por Tom Jobim em 1967 continua emocionando as gerações. O Dia da Música Popular Brasileira comemorado nesta quinta-feira (17) foi instituído em 2012 para homenagear Chiquinha Gonzaga, a primeira compositora oficial da MPB, nascida no Rio de Janeiro. Na Assembleia Legislativa do estado de Sergipe (Alese), foi aprovada a Lei nº 8.412/2022, que tem por objetivo estabelecer que as as empresas de
radiodifusão destinem 5% de espaço da sua programação diária para Músicas e/ou Composições sergipanas.

Ivana Dantas

O gênero musical surgiu no Brasil  em 1960, a partir da segunda geração da Bossa Nova, tendo grande influência do Folclore brasileiro. A Música Popular Brasileira vem resistindo ao longo dos anos e continua sendo uma das manifestações artísticas mais fortes do país, refletindo as emoções e a voz dos brasileiros, unindo ritmos como o rock, o samba, o forró e  o pop.

Em Sergipe, o músico e compositor Sílvio Rocha, que há 35 anos vem atuando como agente de divulgação e cantarolando a Música Popular Brasileira, disse que o momento é de comemorar muito. Ele lembrou que a MPB nasceu na opressão do regime militar.

“Era um tipo de música tida como subversiva, pois os artistas iam chegando para se apresentar em festivais, provocando ameaças à ditadura. Não podemos deixar de salientar que a Música Popular Brasileira é uma grande contadora da nossa história; a História do nosso Brasil; os nossos costumes e a nossa alma brasileira. No Sul do país teve a lírica de Kleiton e Kledir. A Bossa Nova contou história no final dos anos 50 e tomou o mundo com a beleza dos seus acordes, das suas vozes graves, baixas e de um romantismo formado pelo olhar melódico que chegou aos Estados Unidos disputando comercialmente com o Jazz; tem a música de Milton Nascimento contando a história de Minas, a rítmica incomparável de Jackson do Pandeiro e a grande figura de Luiz Gonzaga contando a história de nós nordestinos. Temos que comemorar muito esses valores maravilhosos da nossa música feita por grandes compositores como Chico Buarque entrando na alma das mulheres, dos pedreiros, das prostitutas. Hoje a data é de celebrar “, entende Sílvio Rocha. 

A cantora e compositora Ivana Dantas complementou: “O que me encanta na MPB é a sua variedade de gêneros musicais e a forma poética e criativa de retratar tantos temas como o amor, a política, questões sociais, entre outros”.

Banda Samba do Arnesto“Muito importante celebramos o Dia da Música Popular Brasileira, uma data que nos convida a refletir sobre a rica diversidade e a importância desse gênero para a cultura do nosso país. A música popular brasileira é um verdadeiro patrimônio, que atravessa gerações, unindo ritmos como samba, bossa nova, forró e MPB”, entende Roque Sousa, músico da Banda Samba do Arnesto.

Segundo ele, esses estilos não apenas representam nossa identidade cultural, mas também funcionam como veículos de resistência e de expressão social. Artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina moldaram a música e influenciaram comportamentos, trazendo à tona questões sociais e políticas.

“Além disso, a música popular brasileira tem um papel fundamental na formação da nossa sociedade, pois transmite valores, histórias e emoções que ressoam com a experiência de vida de milhões de brasileiros. Ao celebrarmos esse dia, reconhecemos a importância de preservar e promover nossa música, garantindo que continue a inspirar e conectar as futuras gerações”, destaca.

Fotos: Arquivos Pessoais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

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