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No Mês de Combate à LGBTfobia, Linda Brasil concede títulos de cidadanias sergipanas a representantes do movimento em Sergipe

Por Assessoria Parlamentar

Na semana em que se comemora o Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) concede o título de cidadania sergipana a quatro personalidades que fazem história no estado nos movimentos sociais pelos direitos da população LGBTQIA+. De autoria da deputada estadual Linda Brasil (Psol), os títulos reconhecem Dayanna Louise Santos, Geovana Simões Soares, Maria Luisa de Andrade Ribeiro (Maluh Andrade) e Thomas Cardoso Bastos Santos como cidadãs/cidadão sergipanas/no, bem como suas contribuições, em diferentes áreas, para o desenvolvimento do estado de Sergipe.

Para a deputada Linda Brasil, a honraria é uma forma de homenagear as pessoas que chegaram a Sergipe e deixaram suas marcas no processo de desenvolvimento social do estado.  “Esses títulos são o reconhecimento de suas trajetórias individuais e coletivas em Sergipe. Representa também a reafirmação das nossas identidades, da nossa existência enquanto pessoas trans, e da nossa luta contra o “cistema” que atenta todos os dias contra as nossas vidas, em uma país que insiste em ser, vergonhosamente, uma referência pelo alto índice de violência e mortalidade contra as pessoas LGBTQIA+”, justificou a parlamentar.

Das quatro personalidades homenageadas, três fazem parte da mandata da deputada Linda Brasil. E, de acordo com a parlamentar: “essa Casa já não é mais a mesma depois de nossa ocupação neste espaço de poder. Aqui a gente também luta diariamente para existir e para construir um mundo novo, onde a gente pode esperançar por uma sociedade livre de exploração e de opressão. Viva as travestis, viva as pessoas trans, viva todas pessoas LGBTQIA+”, pronunciou emocionada a deputada Linda.

As homenageadas e o homenageado

As pessoas homenageadas são Dayanna Louise Santos, Geovana Simões Soares, Maria Luisa de Andrade Ribeiro e Thomas Cardoso Bastos Santos. Dayanna Louise Santos é nascida em Carpina (PE), é mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Em seu período no estado construiu ainda sólida militância em prol dos direitos das pessoas LGBTQIA+, especialmente da população trans, tornando-se referência nos debates sobre os direitos dessa população no estado, bem como sobre a importância de políticas que mitiguem as violências estruturais a que está submetida;

Geovana Soares é nascida na cidade de Arapiraca, em Alagoas, travesti e bissexual, começou sua trajetória nos movimentos sociais através da construção da marcha das vadias em Sergipe. Auxiliou na estruturação da Semana de Visibilidade Trans, somou-se à construção de uma série de projetos, como o Educa Trans, na luta pela construção do ambulatório trans no município de Lagarto, dentre outros. No campo religioso enfrenta a transfobia estrutural dentro do candomblé, travando uma luta pelo respeito à identidade feminina nos espaços de terreiro;

Maria Luisa de Andrade Ribeiro nasceu em Salvador, na Bahia. Artisticamente conhecida por Maluh Andrade, é travesti e Negra, Multiartista e “Artivista” e professora, sua atuação no campo das artes se dá de modo a questionar os padrões vigentes, construindo uma realidade – artística e social – mais ampla, mais diversa e mais inclusiva. Mulher de terreiro, é Mamet’u de Nkisi. Filha do N’zo Águas da Penha e de Mãe Jaci. Graduada em Licenciatura em Teatro-UFS, é também formada pela Escola de Educação Percussiva Integral de Salvador – EEPI e Thomas Cardoso Bastos Santos que é natural de Alagoinhas, Bahia. Ele tem formação técnica em Segurança do Trabalho pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe e foi o primeiro homem trans a conquistar o título de Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe e a ingressar no Programa de Pós-Graduação, em nível Doutorado, em Educação da referida instituição. Atualmente é coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades em Sergipe e luta pelos direitos da população transmasculina e reivindicando políticas públicas que possam garantir vida digna a este segmento da sociedade.

“A minha história, individual e coletiva, também se confunde com as histórias dessas quatro pessoas que eu amo e tenho carinho, porque sempre foi na luta que a gente se encontrou. Na organização da Semana da Visibilidade Trans, na Fundação da Associação e Movimento Sergipano de Transexuais e Travestis (AMOSERTRANS) e da CasAmor Neide Silva, na construção do EDUCATRANS – cursinho popular para pessoas LGBTQIA+, nas diversas paradas LGBTQIA+, nas formações políticas e nos seminários na Universidade Federal de Sergipe, nas diversas manifestações. Mas também, infelizmente, nos encontramos muito nos velórios das nossas irmãs e irmãos, vítimas do preconceito, da ignorância e da intolerância, vítimas da LGBTfobia. Juntas, juntos e juntes, por diversas vezes transformamos o nosso luto em luta, ousamos sonhar grande, sonhar e construir uma nova realidade coletivamente, aqui em Sergipe e também nacionalmente, com muita articulação política, porque nós somos muitas, somos diversas e não estamos dispersas, pelo contrário”, analisou a deputada Linda Brasil.
 
Dia Internacional de Luta Contra à LGBTfobia

Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID). A data de 17 de maio posteriormente se tornou um símbolo da luta contra o preconceito e violência contra as pessoas LGBTQIA+.

O dia, como conceito, foi concebido somente em 2004 através de uma campanha que resultou no primeiro Dia Internacional Contra a Homofobia em 17 de maio de 2005. Mais de 24 mil indivíduos e organizações assinaram um apelo para apoiar a “Iniciativa IDAHO” (International Day Against Homophobia), com atividades acontecendo em vários países. Em 2009, a transfobia foi adicionada ao nome da campanha e as atividades daquele ano se concentraram sobre a violência e discriminação contra pessoas trans. Em 2015, a bifobia foi adicionada ao nome da campanha. No Brasil, a data está incluída no calendário oficial do país desde 2010.

Em Sergipe, por meio da ocupação da deputada Linda Brasil na política institucional, o Combate à LGBTfobia se tornou pauta visível e permanente nos debates do legislativo sergipano.

“Há quase um ano, nós aprovamos aqui, na Alese, o Projeto de Lei 212/2023 que institui o Dia Estadual de Combate à LGBTfobia, a ser celebrado todo dia 17 de maio. Na última segunda, 13 de maio de 2024, nossa mandata concedeu o título de cidadania sergipana para quatro pessoas trans, ativistas pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, e militantes dos movimentos sociais, com relevantes serviços prestados à população sergipana na luta pela garantia dos direitos, principalmente aos grupos sociais mais vulnerabilizados. Inclusive, três dessas pessoas que recebem os títulos hoje, fazem parte da nossa Mandata”, afirmou a deputada.

Fotos: Divulgação Ascom

 

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