Durante toda esta terceira semana de março acontecem no estado de Sergipe atividades pedagógicas alusivas à Semana Estadual dos Contadores de Histórias. De autoria da ex-deputada Kitty Lima, a Lei Estadual de Nº Lei 8.665/2020, desde o ano de 2020 – diante da sansão da Lei assinada pelo então governador Belivaldo Chagas Silva, em 1º de maio daquele ano –, tem como objetivo central promover encontros sobre os Contadores de Histórias, por intermédio de ações educativas, como eventos, palestras, audiências públicas, seminários e outros meios educativos e informativos; homenagear uma personalidade que, a cada ano, contribuiu ou contribui para a arte narrativa; além de disseminar informações sobre o patrimônio cultural imaterial sergipano e brasileiro.
A mobilização educacional busca, de igual modo, discutir formas de democratização do acesso aos bens culturais imateriais; disseminar a arte da narrativa, por ser a mais antiga expressão artística do homem; despertar o gosto pelo livro mediante a leitura expressiva de narrativas; e difundir conhecimento mediante as histórias e reconhecer-se pela ancestralidade; valorizar a diversidade cultural do povo sergipano e do povo brasileiro, contribuindo para a difusão das manifestações verbais, poéticas, literárias, musicais e outras modalidades de manifestações artísticas e culturais; estimular o debate de ações nas áreas da cultura; e, por fim, contribuir para a formação de pessoal qualificado nesse tema. Imortal da Academia Sergipana de Contadores de Histórias, Claudia Stocker, a educadora explica que:
“A contação de histórias é uma arte milenar que constantemente é lapidada por aqueles que com a palavra, imagem, gestos, olhares seja de que forma for encantam pessoas de todas as idades por meio de histórias. Baseado nas narrativas, somos transportados para diversos mundos, aguçando a imaginação, permitindo reflexões e também aprendemos a lidar com os desafios impostos pela vida. As primeiras atividades em Sergipe começaram há uma década e foram ganhando cada vez mais espaços, não só em sala de aula, mas em hospitais, praças, ruas, bibliotecas e até festas. Hoje, temos professores, pedagogos, escritores, ilustradores, psicólogos e uma gama de outros profissionais que atuam neste projeto.” Nesta quarta-feira, 20, comemora-se o Dia Nacional do Contador de Histórias.
Apesar de a Academia Sergipana de Contadores de Histórias constar 13 anos de fundação, não é de hoje que essa prática existe; os contadores de histórias atuam há séculos. De certa forma, a evolução da humanidade está diretamente ligada à arte de contar histórias. Para entender essa cronologia pedagógica, basta lembrar que até a invenção da escrita, as tradições, conhecimentos e histórias eram passadas oralmente, de geração em geração. Mesmo depois desta evolução da comunicação entre os humanos, grande parte da população não sabia ler e escrever e recorria aos contadores de histórias para manter viva a cultura de sua família ou região. Além disso, a função de contador de história está intimamente ligada ao universo lúdico. A importância dessa prática se dá pela construção de estímulos em relação à leitura e ao imaginário.
Foto: Junior Matos | Agência de Notícias Alese