Apresentado pela classe médica como um dos vilões na busca pela qualidade de vida, o sedentarismo no Brasil contemporâneo atinge milhões de pessoas em todas as regiões do país. O mais recente levantamento apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que cerca de 47% dos brasileiros estão sedentários; entre os jovens, o número é mais alarmante: 84%. Por definição, a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera sedentários adultos entre 18 e 60 anos, quando esses não realizam ao menos 150 minutos semanais, ou seja, 30 minutos, cinco vezes por semana, de atividade física de leve a moderada. A busca pelo estilo de vida saudável demanda vontade própria e conscientização para enfrentar a luta contra a acomodação sedentária.
A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), ao longo dos últimos anos, tem se preocupado com a qualidade de vida dos sergipanos e multiplicando campanhas voltadas para a área da saúde, as quais são capazes de mobilizar as pessoas, sobretudo, para buscar acompanhamento profissional. Eleita neste início de 2024 para assumir a vice-presidência da Comissão de Saúde da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), a deputada estadual Lidiane Lucena (Republicanos), avalia como de fundamental importância que gestores públicos e parlamentares busquem disseminar ações e projetos que contribuam para a humanização e qualificação contínua dos serviços prestados à população. Minimizar o alto índice de sedentarismo reflete na diminuição dos atendimentos – em curto ou médio prazo –, em unidades de saúde.
“Desde o momento em que decidimos colocar meu nome para pleitear um mandato na Alese, deixamos sempre evidente que a busca por melhoria na saúde da nossa população seria mais que uma bandeira política, é, para mim, uma bandeira de vida. No que se refere ao sedentarismo, desfrutar de uma rotina de atividades físicas é de suma importância para ter uma vida mais saudável”, afirmou a deputada. Em sintonia com o resultado dos estudos revelados pela OMS, o Ministério da Saúde apresentou estatísticas as quais apontam que a falta de atividade física é responsável por 54% do risco de morte por infarto, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer. A alimentação e o sedentarismo são os dois principais fatores que influenciam para a população ficar acima do peso.
Paralelo ao fluxo de atividades físicas, a médica endocrinologista Aline Andrade enalteceu a necessidade de incluir na rotina diária o consumo de alimentos nutritivos. “O consumo de mais verduras, frutas e legumes, e, principalmente, a redução da ingestão de sal e produtos industrializados contribui para que as pessoas passem a ter uma vida mais saudável; unindo esse costume alimentício com atividade aeróbica pelo menos três vezes na semana, no período mínimo de uma hora, permite que o sedentarismo seja combatido e a qualidade de vida das pessoas se torne real”, destacou. Algumas sugestões valem a pena serem seguidas enquanto prevenção para determinadas doenças que advém do sedentarismo:
01 Diabetes: A diabetes é provavelmente um dos grandes prejuízos causados em longo prazo por um cotidiano sedentário. Se você deseja se prevenir dessa doença complicadíssima, comece a se exercitar! 2. Câncer: Quem passa grande parte do tempo inativo tende a ter problemas com diferentes tipos de câncer, principalmente o de mama e o de cólon. Portanto, o cuidado começa com mais movimento. 3. Envelhecimento precoce: É fato que as pessoas ativas tendem a viver por mais tempo e com mais jovialidade. Não por acaso, é comprovado cientificamente que algumas práticas podem reverter o envelhecimento. 4. Coluna e articulações: Problemas com a postura corporal são recorrentes em quem passa muito tempo sentado. Com isso, vem aquela incômoda dor na coluna.
Doenças interligadas
A obesidade e o sedentarismo são duas situações completamente associadas, já que pessoas obesas são, quase sempre, sedentárias. A OMS dividiu os níveis de sedentarismo em quatro graus distintos. E, o 4º é a maior causa de mortes no mundo. Como é de se imaginar, quanto mais alto o nível, maiores os riscos. Nível 1: Faz eventuais caminhadas no cotidiano, mas fica por isso mesmo. Nenhuma atividade realmente intensa é realizada; Nível 2: Vai ao mercado, carrega algumas sacolas e nada mais. Dificilmente separa um tempo exclusivamente para movimentar mais o corpo. É um dos tipos de sedentarismo mais comuns, pois se caracteriza pelo fato de a pessoa costuma “evitar” a atividade física.
Nível 3: Se é possível evitar um esforço físico, você o faz. Prefere fazer tudo de carro e detesta carregar peso; Nível 4: Mal se lembra quando foi a última vez que fez um exercício e passa o dia todo sentado ou deitado. Como as tarefas quase não exigem esforço, o gasto metabólico é mínimo, o que prejudica a saúde em geral.
Fotos: Agência Brasil
Foto Lidiane: Joel Luiz | Agência de Notícias Alese