Por Aldaci de Souza/Agência de Notícias Alese
A 26ª Conferência da União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), foi encerrada nesta sexta-feira (10), com a eleição dos novos membros da diretoria. Entre os parlamentares eleitos, três de Sergipe atuarão em uma gestão de dois anos.
O deputado Luciano Pimentel (PP) assumirá a Secretaria de Sergipe na Unale, cargo atual do deputado Georgeo Passos (Cidadania), que foi eleito Tesoureiro.
O deputado Cristiano Cavalcante foi eleito membro do Conselho Fiscal.
Ele também assumirá a 1ª Secretaria do Colegiado Permanente das Comissões de Constituição e Justiça no âmbito da Unale.
Quem substituirá o presidente da Unale, deputado Diogo Moraes (PSB-PE) será o deputado Sérgio Aguiar (PDT-CE).
Balanço
Ao final dos trabalhos no encontro de parlamentares, o presidente da Unale, deputado Diogo Moraes, fez um balanço da conferência, ressaltando ser preciso que os parlamentares estejam preparados para uma nova ordem geopolítica, econômica e social no mundo, mas sobretudo no Brasil.
“Isso para que a gente possa ter legislações eficientes, mas que combine com as particularidades de cada estado, de cada cultura e de cada pontualidade das regiões brasileiras, mas sobretudo de cada estado, que tem sua realidade, sem modelo e matrizes econômicas. Pra isso é necessário que tenhamos uma prerrogativa e uma competência enlarguecida para que as discussões nas assembleias possam atender aos anseios da população e também a gente possa estar fazendo uma legislação que atenda a realidade do estado. Essa é a chave principal que vamos nos debruçar nos próximos anos com temas que vamos encaixando à medida que vamos discutindo com o Congresso Nacional, reivindicando um direto do povo brasileiro, para que o parlamento estadual discuta o que é melhor para os estados”, explica.
Diogo Moraes ressaltou a importância de se discutir com a população que escolhe os parlamentares, o que é melhor. “É isso que estamos buscando: o fortalecimento dos parlamentos, mas uma aproximação muito mais forte com a nossa sociedade para que possamos legislar para o povo sabendo da realidade em que vivemos. É diferente por exemplo, alguns estados que só têm oito deputados federais, discutir suas particularidades com 513. São muitos projetos que estão parados há muitos anos; que não são de competência do Congresso Nacional e poderiam ser resolvidos dentro das assembleias legislativas com muito mais rapidez, com muito mais racionalidade e transparência para a população”, entende.
Inteligência Artificial
A tecnologia da inteligência artificial foi outro tema muito debatido na conferência da Unale, tanto nos paineis simultâneos com a participação de servidores das assembleias legislativas, quanto em palestras com a participação dos deputados estaduais. Para o deputado Diego Moraes, hoje o mundo vive em torno dessa nova tecnologia, que sempre estará presente, por meio de muitas mãos e de fácil acesso.
“A tecnologia é constituída para fazer o bem, mas também para fazer o mal. Então nós vamos estar muito atentos à chegada da inteligência artificial nas plataformas parlamentares e na vida da população, discutindo como é que a gente pode dentro de uma legislação eficaz, aumentando as prerrogativas, coibir o mau uso para que não tenhamos desdobramentos de coisas ruins, a exemplo da violência nas escolas. Temos que saber lidar fazendo uma legislação eficiente, de acordo com a realidade de cada estado. Nós sabemos que a vida do povo do Rio Grande do Sul é totalmente diferente da vida do povo de Sergipe. São estilo de vida diferente, cultura diferente. Só quem sabe as particularidades do que os sergipanos precisam, são os deputados de Sergipe”, observa.
Sustentabilidade
O presidente da Unale destacou no evento, que a globalização requer um passe e esse passe é a sustentabilidade, a proteção ambiental e o Brasil vem sendo vitrine no mundo inteiro. “Não há globalização no mundo hoje se a gente não falar em energia limpa, em proteção ao meio ambiente, em energias renováveis. Sabendo o potencial que o brasil tem com a Amazônia, que desde que eu me entendo como gente, se fala na proteção ao meio ambiente e na redução da camada de ozônio. Agora a discussão chegou; as mudanças climáticas que hoje acontecem no mundo são justamente por causa da não proteção em décadas atrás. É necessário que a gente discuta com especialistas e ministros de estado, inserindo o debate nas assembleias legislativas para que a gente faça legislações mais eficazes, para que façamos legislações mais eficazes dentro dessa nova ordem mundial, sendo catalizadores e o Brasil seja vitrine como um dos maiores produtores de energia limpa do mundo”, entende.
Fotos: Jadilson Simões/Alese