Por Milton Alves Júnior | Agência de Notícias Alese
Em manifestação de repúdio à movimentos populares que pediram o fim da Polícia Militar, o deputado Marcos Oliveira (PL), ocupou a Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) para destacar a representatividade da instituição, bem como enaltecer a respectiva soberania oficial conforme previsto na Constituição Federal de 1988. O ato público rejeitado pelo parlamentar foi protagonizado na quinta-feira da semana passada, dia 07, durante o desfile cívico-militar alusivo à Independência do Brasil, em Aracaju. Em seu respectivo discurso, Marcos Oliveira reconheceu equívocos apresentados por agentes, em fatos apontados como isolados, mas listou uma série de benefícios desenvolvidos pela corporação.
“A democracia é uma beleza, permite manifestações que nem a do último 07 de Setembro, quando manifestantes pediram o fim da Polícia Militar. Assim como acontece em todas as outras instituições oficiais, nos deparamos com erros individuais e pontuais que vão no sentido contrário, mas pedir o fim de uma instituição como a Polícia Militar é um erro. Em nome de primos e amigos que vestem esta farda, a minha sincera nota de repúdio”, destacou o deputado. Antes de conceder espaço para diálogos complementares apresentados por colegas que compõem a 20ª Legislatura, Marcos Oliveira listou parte das atividades desenvolvidas pela PMSE.
“Volto a dizer que a democracia é linda, mas pleitear que se acabe com esta instituição já é fugir daquilo que está presente no Artigo 144, parágrafo 5º. Estamos falando de um pedido inconstitucional. Observem que, quando tem uma ocorrência envolvendo a Lei Maria da Penha, quem chega? A Polícia; quando há perturbação do sono, quem resolve? A Polícia; casos de tráfico de drogas ou violência? A Polícia é acionada. A Polícia Militar é um instrumento fundamental para a manutenção da vida ordeira em nossa sociedade”, completou Marcos Oliveira. Em aparte, a deputada Linda Brasil (Psol) defendeu a instituição, porém esclareceu que a formação dos profissionais deve ser voltada para o perfil humanitário.
“Não somos contra a Polícia Militar, somos resistentes à este perfil atualmente praticado. É triste observar que hoje a Polícia que mais mata, e a que mais morre, é a nossa; aqui no Brasil. Precisamos preservar todas as vidas, e isso só vai acontecer quando pudermos desfrutar de uma ação mais humanitária, cidadã. Uma postura diferente desta que assistimos hoje”, disse. Já o deputado Luizão Dona Trampi (União Brasil), compartilhou com o discurso proferido por Marcos Oliveira. “Na minha concepção, quanto mais agentes militares na rua, melhor. Eu sou um defensor dessa classe trabalhadora e serei sempre contra o fim da Polícia Militar”, pontuou.
Fotos: Jadilson Simões | Agência de Notícias Alese