Por Paulo Santos – Agência de Notícias Alese
No ano passado foi aprovado na Casa Legislativa de Sergipe, o Projeto de Lei Nº 161/2022, que institui o ‘Dia Estadual do Tradutor e Intérprete de Libras’, a ser celebrado amanhã, quarta-feira (26). A data oficial de comemoração ao dia do Tradutor Intérprete de Língua de Sinais (TILS) no país é esclarecida pela Federação Brasileira das Associações dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Língua de Sinais, a Febrapils. O PL, de autoria do deputado Doutor Samuel (Cidadania), foi sancionado por meio da Lei nº 9.073, de julho de 2022.
A Federação explica que a data alusiva ao Dia do Tradutor Intérprete de Língua de Sinais (dia 26 de julho) se deu em decorrência de um Projeto de Lei do ano de 2012 no Estado de Santa Catarina. A partir desse cenário, a FEBRAPILS reconheceu a homenagem. A data passou a ser difundida em grande parte do território nacional. Mundialmente, a data comemorada em homenagem ao tradutor intérprete é o dia 30 de setembro, dia de São Jerônimo, grande intelectual que fez a tradução da Bíblia da língua hebraica e grega para o latim.
A Língua Brasileira de Sinais é uma importante ferramenta de inclusão social e é a forma de comunicação e expressão de natureza visual-motora, utilizada pela comunidade surda. No Senado Federal há várias iniciativas de popularizar a linguagem, projetos propõem a inclusão da Libras na grade curricular da educação básica.
As pessoas surdas ou com deficiência auditiva significativa ou às pessoas com deficiências de comunicação, como mutismo e mudez, têm nas Libras uma ferramenta importantíssima para participar da sociedade, mas dependem da difusão desse conhecimento para que a sua comunicação seja eficaz.
Inclusão na Alese
O intérprete de Libras da TV Alese, Genivaldo Oliveira Santos Filho, ressalta que o intérprete chega, mais não é o salvador da pátria. “Muitas pessoas acham que a acessibilidade só se dá através do Intérprete, mas, na verdade, ele é só um instrumento da acessibilidade dos surdos a informação. Como trabalho numa TV, isso vai proporcionar que os surdos tenham todas as informações necessárias para que possam exercer sua cidadania”, revela.
O profissional explica ainda qual a diferença entre Bacharelado e Licenciatura em Libras. “Quando me formo em Licenciatura, vou ensinar Libras, não vou interpretar. Ainda existe um caminho a seguir, e muitas conquistas por vir. No estatuto das pessoas com deficiência aborda que o intérprete deve ter a formação Letras/Libras com ênfase da tradução em interpretação”, afirmou.
Foto: Divulgação/Jadilson Simões – Agência