Por Aldaci de Souza – Agência de Notícias Alese
O estado de Sergipe comemora neste sábado (8), a Emancipação Política. Para celebrar a data, o governador Fábio Mitidieri realizou uma solenidade no Palácio Museu Olímpio Campos com a presença de várias autoridades. Entre elas, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, o presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado Jeferson Andrade (PSD), secretários de estado, professores e historiadores.
De acordo com Jeferson Andrade, comemorar os 203 anos da independência de Sergipe do estado da Bahia é reafirmar a história e a identidade dos sergipanos.
“É importantíssimo mantermos a nossa história viva e hoje estamos aqui no Palácio Museu Olímpio Campos para participar das celebrações, a exemplo das homenagens feitas a professores, historiadores e outras pessoas que contribuem para repassar todos os fatos que ocorrem no processo de autonomia política”, ressalta.
O presidente da Alese parabenizou a todos os sergipanos pelos 203 anos de luta que levaram o estado a obter destaque no Brasil. “Apesar de ser o menor do país, suas qualidades impressionam e sentimos muito orgulho de presenciarmos Sergipe hoje. Temos um governo muito participativo e resolutivo e nós nos orgulhamos de estarmos fazendo parte desse história como presidente da Assembleia Legislativa. Está de parabéns o estado de Sergipe pelos 203 anos de emancipação e que todos nós tenhamos muitos anos de esperança, esperança essa que vem sendo propiciada na gestão do governador Fábio Mitidieri”, enfatiza.
Segundo o governador Fábio Mitidieri, Sergipe tem história e alma. “A luta continua e continuaremos a escrever essas páginas com trabalho e dedicação para que as próximas gerações tenham orgulho de dizer que vale à pena viver aqui. É muito emocionante ver a grandiosidade da nossa história e das pessoas que fizeram parte dela dando a sua contribuição”, destaca.
O prefeito Edvaldo Nogueira lembrou: “Nosso estado nasceu fruto de um momento importante do pais; Sergipe mesmo quando era ligado à Bahia sempre teve um diferencial e trabalhou para ser independente, com uma história firme e de luta para se tornar um ente federado. A nossa independência mostrou crescimento e desenvolvimento com Aracaju tendo um papel muito importante”.
Homenagem
Na ocasião, foi entregue a Medalha do Mérito Historiadora Maria Thétis Nunes à personalidades que contribuíram e contribuem com a História de Sergipe. Entre os homenageados, Claude Franklin, Josevanda Franco, Lúcia Marques, Beatriz Góes Dantas, Dilton Maynard, Izaura Júlia de Oliveira Ramos, Vladimir Souza Carvalho, Maria Neli Santos Ribeiro, Lucia Marques e Maria da Glória Santana de Almeida.
As comemorações contaram ainda com a exposição fotográfica “Detalhes de Sergipe” (registros dos fotógrafos sergipanos Arthuro Paganini, Gilton Rosas e Paulo Maia), além da apresentação do Quinteto da Orquestra Sinfônica de Sergipe e da bênção do padre Marcelo Conceição.
Relembre
A história contada e registrada é de que lá no início do Século XIX, Sergipe vivia atrelado à Capitania da Bahia de Todos os Santos liderada pelos portugueses e que tempos depois passou a ser o estado da Bahia. A luta pela autonomia começou principalmente na região banhada pelo rio Vaza-Barris, em que a economia era formada pela extração da cana-de-açúcar.
Com a Revolução Pernambucana registrada em 1817, o rei Dom João VI contou com a participação de sergipanos nas tropas enviadas para o combate, o que deu respaldo segundo historiadores, ao processo da emancipação e em 1820, após o retorno da família real para Portugal, o rei assinou no dia 8 de julho, a Carta Régia separando Sergipe da Bahia. Mas em apenas um mês da emancipação, os portugueses que viviam na Bahia não aceitaram e o primeiro governador de Sergipe, Carlos Burlamaqui foi deposto e preso por tropas baianas.
Somente em 1824 (após a independência do Brasil registrada em 2022), foi que a Emancipação de Sergipe foi reconhecida na primeira Constituição Brasileira. Atualmente, Sergipe é um estado que vem se desenvolvendo em todos os aspectos, políticos, econômicos, culturais e sociais, construindo uma sergipanidade marcada por um povo forte e trabalhador.
Fotos: Jadilson Simões/Alese