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Audiência pública discute danos causados pela queima da palha da cana-de-açúcar

A queima da palha da cana-de-açúcar tornou-se um grave problema para as comunidades próximas aos locais onde há plantio da cana. O assunto foi tratado na tarde desta terça-feira, 5, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Sergipe. Iniciativa da deputada estadual Ana Lúcia, coordenadora da Frente Parlamentar Mista de Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Comunidades Tradicionais, o evento reuniu representantes do poder público, militantes ambientalistas, trabalhadores rurais e moradores de áreas atingidas. Também foram debatidos assuntos como problemas ambientais, uso da água, pulverização de aéreas com venenos agrícolas e a questão da infraestrutura das rodovias.

A deputada Ana Lúcia disse que a audiência na Assembleia Legislativa nasceu de outra audiência pública, esta promovida pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com a parlamentar, o tema é complexo pois a decisão de proibir a queima da palha da cana-de-açúcar, adotando a mecanização, pode criar outro problema social, que é o desemprego. Ana Lúcia defende, entretanto, que se busque soluções para o problema que afeta centenas de milhares de sergipanos que sofrem problemas de saúde com a fuligem oriunda das queimadas. A deputada também questiona os problemas ambientais que surgem a partir da pulverização com venenos agrícolas em larga escala.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Olivier Chagas, disse que a deputada Ana Lúcia abriu um debate de grande importância ao discutir os efeitos da queima da palha da cana. Segundo o secretário, é uma discussão positiva pois a queima da palha é um problema que afeta o meio ambiente. Olivier lembrou aos participantes da audiência que sua pasta tem buscado soluções e citou o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como um passo importante para ampliar a fiscalização. “Estamos cobrando dos proprietários rurais que se enquadrem na lei e quem não se enquadra é punido. Este é o foro ideal para este debate”, assegurou.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, é preciso que o poder público se preocupe sempre com ‘quem está á margem’ e as populações que sofrem com a queima da palha da cana-de-açúcar precisam ser ouvidas. “A discussão desse tema é amplo, pois há implicações com o impacto causado pela pulverização (de venenos), que afeta outras culturas como a produção de mel. Há ainda a questão do uso da água, da concentração de terras”, destacou. Esmeraldo disse que os reflexos na população precisam ser discutidos, pois diz respeito à vida das pessoas.

O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar e maior exportador de açúcar do mundo. O benefício desta cultura, entretanto, traz problemas ambientais e de saúde. Uma das práticas mais comuns ainda hoje utilizada no Brasil é a queima da palha da cana-de-açúcar com o propósito de facilitar as operações de colheita. A queimada consiste em atear fogo no canavial para promover a limpeza das folhas secas e verdes que são consideradas matéria-prima descartável. A queima emite gases do efeito estufa na atmosfera, gás carbônico, monóxido de carbono, óxido nitroso, metano e a formação do ozônio, e provoca um dos efeitos mais sentidos pela população, que é poluição do ar com fumaça e fuligem.

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